Defesa do suposto serial killer de Rio Verde deve solicitar exame de sanidade mental

Defesa do suposto serial killer de Rio Verde deve solicitar exame de sanidade mental
Rildo Soares confessou ter matado três mulheres (Divulgação PCGO)

Caso seja confirmado que ele não possuía capacidade mental, poderá não ser levado ao Tribunal do Júri Popular

Rildo Soares, 33 anos, suposto serial killer que segue preso em cela separada na Casa de Prisão Provisória de Rio Verde, deve passar por exames para avaliar suas condições de sanidade mental. Para o Mais Goiás, a advogada Gabriella Lima, que atuou como defensora dativa durante as investigações, afirmou que o suspeito pode não ter condições mentais de responder pelos crimes. Agora, o pedido da avaliação dependerá do novo defensor, Nylson Schmidt Neto, que passou a ser responsável pelo caso.
“Fui nomeada apenas para acompanhar as investigações, já que ele solicitou a presença de um advogado e é pessoa hipossuficiente. Durante as diligências, surgiram elementos de autoria em alguns casos de homicídio e latrocínio, então orientamos que o melhor caminho era colaborar com a Justiça”, disse Gabriella.

Segundo a advogada, nesta fase do processo, Rildo pode se tornar réu caso o Tribunal de Justiça de Goiás aceite a denúncia do Ministério Público pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, estupro, roubo majorado e ocultação de cadáver de Elisângela da Silva Souza, de 26 anos, em Rio Verde. Para acompanhar a ação penal, foi nomeado outro defensor.
Defesa pode questionar capacidade de julgamento

Gabriella destacou que Rildo apresenta sinais de psicose ou esquizofrenia — condição levantada pelo próprio suspeito em depoimento ao delegado Adelson Candeo titular do Grupo de Investigações de Homicídios de Rio Verde, na CPP, quando afirmou ouvir vozes que o mandavam sair de casa, além de ver vultos e outras manifestações. Segundo ela, Schmidt deve solicitar um exame de sanidade mental para avaliar se Rildo tinha discernimento no momento do crime. Caso seja confirmado que ele não possuía capacidade mental, Rildo não poderá ser levado ao Tribunal do Júri Popular, e o processo pode ser convertido em medida de segurança em Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico (HCTP).
por nota, o advogado Nylson Schmidt, que foi nomeado pelo Estado para atuar no caso, informou que, por enquanto, não serão divulgados detalhes sobre o processo. Ele acrescentou que esclarecimentos adicionais poderão ser fornecidos em momento oportuno, garantindo transparência sem comprometer o andamento legal do caso.
Cela separada

Rildo permanece em cela separada para garantir a segurança dele e dos demais detentos, desde que se envolveu em um desentendimento na cela de triagem, no início de setembro, que terminou com a intervenção dos agentes e disparos de bala de borracha. Na época, o delegado Candeo explicou que o confronto começou quando outro detento, já ciente dos crimes atribuídos ao suposto serial killer, partiu para a agressão.

Segundo fontes sigilosas, Rildo e o outro detento começaram a se encarar assim que ficaram sozinhos. Após alguns insultos, o companheiro de cela iniciou o confronto com socos e chutes, que foram revidados pelo suspeito. “Esse outro preso já sabia por que o Rildo estava lá e investiu contra ele. Os dois acabaram em luta corporal”, detalhou o delegado, ressaltando que a fama do suspeito já havia se espalhado pelo complexo.

Fonte: Mais Goiás