Mãe biológica ameaça casal para ter bebê de volta após supostamente entregá-lo, em Goiânia
Mãe nega que tenha vendido ou entregue o filho para o casal criar
Um recém-nascido de 17 dias foi resgatado pelo Conselho Tutelar após ter sido supostamente entregue para um casal, em Goiânia. O caso veio à tona depois que as mulheres que estavam com o bebê procuraram ajuda relatando que a mãe biológica havia se arrependido e passado a ameaçá-las caso não devolvessem a criança. Segundo os conselheiros, a situação configura adoção dirigida, prática considerada crime no Brasil. A mãe, no entanto, nega ter entregado o filho.
O Conselho Tutelar informou que o casal procurou o órgão na terça-feira (25) dizendo que a mãe havia entregue o bebê após o parto e assinado uma procuração autorizando que elas cuidassem da criança. Durante a conversa, os conselheiros perceberam indícios de irregularidades nessa suposta adoção.
A mãe do recém-nascido, que é um menino, registrou um boletim de ocorrência relatando que recebeu apoio do casal e pagamentos para realizar exames. Ela afirma que as mulheres a ajudaram durante a gestação, período em que estava vulnerável. A Polícia Civil irá apurar se houve algum tipo de pagamento após o parto da criança.
“Nunca existiu essa história de vender meu filho. Durante a gravidez, elas me fizeram assinar um monte de papel no momento em que eu estava passando mal, tomando remédios fortes. E, no dia em que ele nasceu, elas pegaram meu bebê dizendo que era para eu descansar. E, desde então, elas não me devolveram mais”, conta a mulher em um vídeo divulgado pela TV Anhanguera.
A mulher procurou diferentes órgãos públicos para tentar “recuperar” o filho. O conselheiro tutelar Rondinelly Ná, um dos responsáveis pelo resgate, afirmou que o bebê estava bem cuidado, mas reforça que isso não elimina a ilegalidade do acordo informal para entrega da criança.
Rondinelly também explicou que o bebê está seguro em uma instituição de acolhimento, recebendo toda a assistência necessária enquanto é decidido se ele deve ser devolvido à mãe biológica ou encaminhado para adoção dentro dos trâmites oficiais.
Fonte: Mais Goiás