Conheça o novo medicamento oral para obesidade que mostrou eficácia na perda de peso

Orforgliprona é uma molécula não peptídica, o que facilita a absorção pelo organismo
A farmacêutica Eli Lilly divulgou os resultados de um estudo clínico que testou a orforgliprona, um novo medicamento oral para obesidade que mostrou eficácia na perda de peso. A substância pertence à mesma classe dos famosos GLP-1, como a semaglutida (Ozempic e Wegovy), mas com um diferencial importante: é oral, o que pode facilitar a adesão ao tratamento.
O estudo de fase 3, chamado ATTAIN-1, envolveu mais de 3 mil adultos com obesidade ou sobrepeso e pelo menos uma outra condição de saúde, mas sem diabetes. Após 72 semanas, os participantes que tomaram 36 mg por dia de orforgliprona perderam, em média, 12,4% do peso corporal, contra apenas 0,9% no grupo placebo.
A eficácia do medicamento oral para obesidade foi consistente em diferentes dosagens. Entre os que tomaram 36 mg, 59,6% perderam mais de 10% do peso, e 39,6% emagreceram mais de 15%. Resultados relevantes também foram observados com doses menores. No grupo placebo, apenas 8,6% perderam mais de 10% do peso.
Diferentemente de outras opções orais, como o Rybelsus, a orforgliprona é uma molécula não peptídica, o que facilita a absorção pelo organismo. Isso significa que o remédio pode ser tomado com alimentos, sem necessidade de jejum, e sem as restrições comuns de outros comprimidos da mesma classe.
Nos testes, o novo medicamento também teve menor incidência de efeitos colaterais gastrointestinais, como náusea, diarreia e constipação — todos leves a moderados. Outro ponto positivo é que, por ser um comprimido, dispensa o uso de injeções, o que pode ser um alívio para quem tem resistência às agulhas.
Além da perda de peso, o estudo apontou melhora em outros indicadores de saúde, como colesterol LDL, triglicerídeos e pressão arterial, o que reforça o potencial do tratamento na prevenção de doenças cardiovasculares.
Apesar dos resultados promissores, a orforgliprona ainda está em fase de testes e não está disponível no mercado. A molécula foi criada por uma empresa japonesa e licenciada pela Eli Lilly, que pretende usá-la também em tratamentos para diabetes tipo 2 e apneia do sono em pessoas com excesso de peso.
O que se sabe até agora é que o novo medicamento oral para obesidade que mostrou eficácia na perda de peso pode representar um avanço importante na luta contra o excesso de peso, oferecendo praticidade, segurança e bons resultados.
Fonte: Mais Goiás