Saiba quem foi a rainha que desafiou o Império Romano

Saiba quem foi a rainha que desafiou o Império Romano
Zenóbia

Zenóbia foi a soberana de Palmira, uma rica cidade-estado no deserto da Síria, entre os anos 267/268 e 272 d.C. Ela assumiu o poder devido ao assassinato de seu marido Odaenato.
O império de Zenóbia
Desde cedo Zenóbia mostrou ambição e habilidade política. Em 269, já consolidada como autoridade real, ela ordenou a invasão do Egito conquistando Alexandria e tomando o controle de uma importante província romana.
Em seguida, entendeu seu domínio sobre a maior parte da Síria e da Anatólia, proclamando-se Augusta, ou imperatriz, em 272 e declarando a independência de Palmira em relação a Roma.
Com diplomacia e força militar, ela governou um império multicultural que ia do Nilo a Eufrates. Haviam moedas com sua própria imagem e estabeleceu instituições inspiradas no modelo romano, incluindo um senado local que integrava populações orientais.
No entanto, houveram campanhas para reconquistar os territórios de Palmira. Após vitórias decisivas nas batalhas de Imas (próximo a Antioquia) e Emesa (atual Homs), Zenóbia teve que fugir com seu filho rumo à Pérsia, mas foi capturada antes de conseguir.
Sobre o destino da rainha após sua queda, existem diversas teorias:
Algumas fontes afirmam que ela foi exibida numa marcha triunfal em Roma, mas depois perdoada e exilada em Tibur (atual Tivoli), onde teria vivido com dignidade e se dedicado à filosofia;
Já outras, em contrapartida, sugerem que ela adoeceu e morreu durante o deslocamento para a capital imperial.
Um legado atemporal
Até os dias atuais, essa grande mulher inspira admiração por sua inteligência e coragem. A cidade de Palmira, cuja grandiosidade floresceu sob seu governo, chegou a ser considerada uma “pérola do deserto” declarada Patrimônio da Humanidade em 1980 pela UNESCO.
Portanto, mais do que uma rainha guerreira, Zenóbia foi uma estrategista que desafiou os limites impostos às mulheres de sua época. Ao expandir seu domínio e proclamar independência frente ao maior império do mundo antigo, ela se tornou símbolo de ousadia e inteligência.
Sua breve, mas poderosa atuação, não apenas abalou as estruturas do Império Romano, como também mostrou que a liderança feminina era possível e eficaz, mesmo em tempos de repressão e guerra.
Até hoje seu nome ecoa como exemplo de resistência, cultura e visão política, lembrando ao mundo que a força de uma nação pode, sim, emergir de uma única mulher.

Fonte: Fatos Desconhecidos